As cotações do suíno vivo, da carcaça e dos cortes tiveram novas altas ao longo de setembro. Com isso, em algumas regiões levantadas pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), as médias mensais atingiram recordes, em termos reais (as séries históricas do Cepea foram deflacionadas pelo IGP-DI no caso do suíno vivo e pelo IPCA no caso da carne e cortes, ambos de setembro/20).
O movimento de alta no setor é verificado há quatro meses e está atrelado à oferta reduzida de animais em peso ideal para abate e ao bom desempenho das exportações brasileiras da carne.
No Oeste Catarinense, o animal teve média de R$ 7,86 por quilo em setembro, elevação de 10,3% frente à de agosto e a maior, em termos reais, para a região. No Norte do Paraná, o preço do suíno também atingiu recorde real, a R$ 7,97 em setembro, com avanço de 8,7% frente ao mês anterior.
Já nas demais regiões, o preço médio do animal vivo não atingiu a máxima real mesmo com as altas. Em SP-5 (Bragança Paulista, Campinas, Piracicaba, São Paulo e Sorocaba), o valor de setembro esteve 6,4% acima do verificado em agosto, a R$ 7,95.
Em Patos de Minas (MG), a média de setembro foi de R$ 8,13/kg, elevação de 4,8% frente à de agosto. Em ambas as regiões, as médias são máximas nominais. No mercado doméstico da carne, colaboradores do Cepea apontam dificuldades em repassar as altas do vivo aos cortes e carcaças, mas, ainda assim, os preços seguiram em elevação em setembro, também atingindo máximas reais em alguns casos. Um dos fatores que tem favorecido as vendas da proteína suína tem sido a valorização da carne bovina, que vive situação parecida, com exportações elevadas
e oferta reduzida de animais para abate.
Para a carcaça especial suína comercializada no atacado da Grande São Paulo, a cotação média subiu 11,5% de
agosto para setembro, a R$ 11,69, máxima real da série histórica. Além da carcaça, alguns cortes também atingiram preços recordes, como a costela suína, com média de R$ 16,22 no estado de São Paulo e alta de 4,1% frente à do mês anterior.