Mesmo com a alta nas cotações dos principais insumos utilizados na suinocultura, como o milho e farelo de soja, o poder de compra do suinocultor no acumulado de maio aumentou, devido à valorização mais intensa do animal vivo. Apesar desse cenário, o poder de compra ainda está em patamares muito abaixo dos registrados em 2019.
Os preços do suíno vivo estão em alta há três semanas, devido às vendas aquecidas tanto no mercado doméstico quanto no externo, segundo colaboradores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). Quanto aos insumos, no mercado de milho, vendedores estão preocupados com a segunda safra, porque a irregularidade das chuvas pode limitar o potencial produtivo das lavouras.
Assim, a oferta do cereal está limitada no mercado doméstico, sustentando os preços. Para o farelo de soja, as cotações da matéria-prima seguem em patamar nominal recorde, fazendo com que as indústrias esmagadoras busquem repassar as altas para os derivados, óleo e farelo, a fim de garantir suas margens.
O indicador do suíno vivo Cepea/Esalq de São Paulo desta quarta-feira, 20, aponta um valor à vista de R$ 4,72 pelo quilo, com alta de 27,91% no mês de maio. A menor variação do preço do animal vivo fica por conta do Rio Grande do Sul, um aumento de 13,03% comparado a abril, com o quilo custando R$ 3,99