? O Brasil está colhendo uma ótima safra de trigo, vamos atender mais da metade da demanda. Então o governo precisa agir rapidamente nesse sentido – disse ele ao Mercado e Companhia nesta quinta, dia 28.
Segundo o Ministério da Agricultura, o apoio à comercialização é uma resposta á recente queda nas cotações no mercado internacional e ao início da colheita no Paraná. O cenário pressionou os preços do grão para baixo no mercado interno em 23% no último mês.
Estão previstas operações de Aquisição do Governo Federal (AGF), ou seja, compra direta do produtor ou cooperativa, além da oferta de contrato de opção de venda e leilões de Prêmio de Escoamento de Produto (Pep) e de Prêmio Equalizador Pago ao Produtor (Pepro), com escoamento do trigo das regiões de produção para o Norte e o Nordeste.
Dessa forma, a necessidade de importação de trigo nessas regiões será reduzida. As operações terão início em setembro no Paraná, estado que já está com a colheita em andamento.
De acordo com Nelson Costa, a situação atual é desfavorável ao triticultor. O superintendente da Ocepar disse que há um grande volume de produção, mas pouco interesse de compra por parte da indústria, que ainda trabalha com o trigo importado.
? Eles [industriais] falam que, se trabalharem com trigo importado, têm financiamento internacional em que não precisam pagar imediatamente, ao contrário do que acontece com o trigo nacional.
Costa ressaltou, no entanto, que há uma retomada da produção tritícola nacional, com incentivos ao produtor. O superintendente da Ocepar avaliou que é importante que a expectativa positiva seja mantida, para que o triticultor se mantenha estimulado a plantar na próxima safra.