Segundo o presidente da Associação Gaúcha dos Supermercados (Agas), Antônio Cesa Longo, o setor reconhece a importância da resolução para combater o contrabando da bebida, mas que ainda existe muito produto em estoque. Ele adverte que muitos produtos terão que ser retirados das gôndolas e que haverá prejuízo nas vendas, principalmente de espumantes neste final de ano.
? O vinho é um dos produtos com menor giro de vendas nos supermercados. Enquanto os demais produtos giram em 21 dias, os vinhos ultrapassam 120 dias de giro em função da grande variedade que possui esse produto ? ressalta.
Longo sugere que a medida seja prorrogada por mais um ano, sugestão que é rechaçada pelo setor vitivinícola. O presidente do Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin), Julio Fante, diz que a entidade se coloca à disposição dos supermercadistas para arranjar uma solução junto à Receita Federal para a colocação dos selos em produtos estocados. Mas Fante avalia que a prorrogação prejudica a cadeia produtiva.
? A prorrogação de prazo traria um prejuízo muito grande para o setor, pois toda a implantação do selo tem um objetivo, que é o de conter o contrabando e coibir algumas práticas de comercialização não legalizados ? informa.
Somente em espumantes, os supermercados do Rio Grande do Sul projetam a venda de oito milhões de garrafas em dezembro, sendo que 95% devem ser de vinícolas regionais.