Os procuradores cruzaram dados e chegaram a uma relação de 72 empresas que compram desses frigoríficos, entre elas grandes redes de supermercados. O Walt Mart e o Carrefour também suspenderam as compras.
A Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo) classifica a decisão das redes de supermercado como prematura e demagógica. Segundo o presidente da entidade, Péricles Salazar, os frigoríficos não têm como identificar as propriedades irregulares e cabe ao governo federal, através dos órgãos ambientais, estabelecer limites e apontar as fazendas que estão em áreas de desmatamento. De acordo com Salazar, a comercialização de gado no Estado foi paralisada por causa do embargo anunciado pelo Ministério Público. O presidente da Abrafrigo afirma que já propôs ao Ministério do Meio Ambiente uma reunião para discutir o assunto com todas as entidades envolvidas na produção de carne bovina, mas o ministro Carlos Minc ainda não se dispôs a recebê-los.