Apesar do resultado, a reação da soja foi pequena nessa terça, dia 10, na Bolsa de Chicago, queda de 0,29%.
? É um número mágico ? diz Daniele Siqueira, da AgRural. ? O que causa estranheza é o USDA (Departamento de Agricultura) só agora chegar a ele, o que as grandes consultorias já tinham feito.
Essa supersafra, somada às expectativas de recordes no Brasil e na Argentina, coloca incerteza sobre a comercialização e os preços na América do Sul, onde a colheita ocorre no primeiro trimestre do próximo ano. Os norte-americanos, que já venderam 65% da colheita atual, aproveitam o apetite chinês do momento.
Brasileiros e argentinos vão depender de eventual quebra de safra para conseguir bons preços. No caso brasileiro, ainda há a defasagem do câmbio, que tira a competitividade do produto. A supersafra nos EUA, Brasil e Argentina deve elevar os estoques finais para 57 milhões de toneladas, acima dos 42 milhões do início desta safra.