Caso foi encontrado em Itaberá, no interior de São Paulo; até o momento, são 49 registros da doença em soja voluntária
Foi registrado nesta quinta, dia 5, em Itaberá, interior de São Paulo, o primeiro foco de ferrugem asiática na safra 2015/2016. O relato ao Consórcio Antiferrugem foi feito pela Fundação ABC, a soja se encontra no estádio R1. Este é o quarto caso da doença neste ciclo, os outros três foram encontrados em sojas voluntárias.
A primeira lavoura onde foi identificada a doença foi semeada em 16 de setembro e a maioria das áreas produtivas dessa região está com plantas na fase de florescimento. Na safra passada, a doença foi registrada em área comercial no dia 15 de novembro, em Mato Grosso.
• Entenda a ferrugem asiática e a preservação dos fungicidas
De acordo com a pesquisadora Cláudia Godoy, da Embrapa Soja, já havia uma expectativa de que haveria antecipação no aparecimento da ferrugem, nessa safra, em decorrência do fenômeno El Niño, que pode provocar chuvas irregulares no Sudeste e no Centro-Oeste, atraso nas chuvas na região Nordeste e chuvas acima da média para a região Sul, especialmente no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina.
Além do fenômeno El Niño, outro motivo que, segundo a pesquisadora, pode ter favorecido a ocorrência precoce da doença é o aumento de soja guaxa ou voluntária.
– Nos relatos do Consórcio, observamos grande quantidade de soja guaxa que sobrou da entressafra. Isso favorece a permanência do inóculo do fungo causador da doença e propicia seu aparecimento precoce na safra – explica.
A orientação é para que os produtores redobrem os cuidados de monitoramento para que adotem a melhor opção de manejo para sua região.
Até o momento, o país registra 50 casos de ferrugem, espalhados em sete estados (Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo e Tocantins). A presença do fungo em lavoura comerciais representa que o momento de aplicação dos fungicidas começou na região paulista.