Trata-se de um etanol diferente. Ao invés de cana, resíduos de sorgo, capim e de florestas são usados para produzir o combustível. O trabalho ainda está no começo, mas já mostra benefícios para o meio ambiente.
? Hoje, no Brasil, a gente produz etanol a partir de cana de açúcar. E essa tecnologia vem para aumentar a produção de etanol sem ter que desmatar mais ? diz a pesquisadora Sílvia Belém.
Sabe aquele óleo de cozinha que a gente joga fora depois de usado? Um grupo de pesquisadores resolveu dar um destino mais ecológico ao produto. Eles auxiliam pequenos agricultores de uma cooperativa do Distrito Federal a transformar o resíduo em sabão. A idéia é no futuro usar a gordura para fazer biocombustível.
? Se você o joga em uma rede de esgoto, o processo químico vai ser bem mais demorado e vai gastar mais produtos químicos, e isso fica mais caro, além de entupir os esgotos das residências ? explica o técnico em química da Embrapa, Ismael Gomes.
Quem visita a feira encontra outras inovações: desde o carrinho feito de bambu até pesquisas sobre a utilização de pó de rochas para recompor os nutrientes que o solo perde com a agricultura.
? Com o pó dessas rochas, acrescido de alguns adubos tipo esterco de vacas, como fonte de nitrogênio, então completa toda a cadeia necessária para a produção da planta ? afirma o técnico agropecuário Gelson Aurélio.
O pesquisador Fernando Barcellos, doutorando em Educação, diz que a feira é uma oportunidade para a nova geração pensar sobre o futuro profissional.
? A partir daqui começa a estimular junto aos jovens futuros pesquisadores e estudantes nas áreas tecnológicas ? avalia Barcellos.
A Semana Nacional de Ciência e Tecnologia ocorre ao mesmo tempo em 5,5 mil municípios brasileiros. Para os próximos anos, a organização do evento quer mais.
? Vamos colocar como meta 2022. Quando o Brasil estiver fazendo o seu bicentenário, nós queremos que todos os municípios brasileiros tenham alguma atividade da semana ? diz o coordenador da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, Ildeu Moreira.