A estatal chinesa ChemChina e a Syngenta submeteram novos documentos à União Europeia (UE) em uma tentativa de conseguir aprovação dos órgãos antitruste de seu processo de fusão. A compra da empresa suíça pela estatal chinesa vai representar um negócio de US$ 43 bilhões. O envio da documentação foi divulgado na segunda-feira, dia 9, no site da Agência Antitruste da UE, que tem até o dia 12 de abril para decidir o futuro da compra.
A União Europeia abriu uma investigação minuciosa sobre o processo de fusão em outubro. Na época, o bloco econômico destacou que a Syngenta e a Adama Agricultural Solutions, fabricante israelense de agrotóxicos controlados pela ChemChina, tinham carteiras de produtos agrícolas bastante sobrepostos, como inseticidas. O acordo, entretanto, obteve uma vitória importante nos Estados Unidos no fim de agosto, quando foi aprovado por um órgão regulador daquele país.
A agência europeia está analisando a compra da Syngenta pela ChemChina junto com duas outras grandes negociações: a fusão da DuPont com a Dow Chemical e a aquisição da Monsanto pela Bayer. A UE tem sido bastante criteriosa nas análises, já que produtores e especialistas têm demonstrado preocupação com um possível impacto na competitividade e inovação do setor, com a concentração do mercado em poucas mãos.