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Tabaco tem força no norte de SC, mas convive com restrições do governo

Fumicultura é uma das principais fontes de renda para pequenos agricultores da regiãoNos fundos da casa do agricultor Marcos Alberto Soares, plantas verdes de quase 1,5 metro de altura contrastam com o céu azul. Morador da localidade de Lajeado, a quase 30 quilômetros do Centro de Canoinhas (SC), Marcos está satisfeito com a parceria que tem com uma indústria de beneficiamento de tabaco.

Há 12 anos, ele e a mulher Rosângela herdaram um terreno e foram atrás de uma empresa que os contratasse para começar a plantar. Desde então, a pequena casa do casal se transformou em um lugar confortável, com direito a carro do ano na garagem e computador com acesso à internet.

>>> Confira notícias sobre fumicultura no site Agrotabaco

Segundo a Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra), mais de 60% dos produtores brasileiros não chegam a ter 10 hectares de terra. Para eles, o tabaco é uma chance de lucrar com uma cultura que não passa pelos gigantes do agronegócio, como no caso da soja e do milho. Para a indústria, é a manutenção de um dos principais produtos da pauta de exportação brasileira, ainda que seja fruto de uma relação de dependência que sustenta um negócio milionário e repleto de polêmicas.

Antes de ter o sítio, Soares trabalhou por 12 anos como empregado em outras propriedades da região e diz que só conseguiu entrar no negócio graças à confiança da empresa que o contratou.

– Não tínhamos experiência ou máquinas – relata.

Além dos 85 mil pés de fumo, o casal diversifica os negócios com uma pequena produção de sementes de flores ornamentais e de hortaliças, vendidas para escolas do município.

– O dinheiro das hortaliças mal paga o custo de produção. Todos falam que quem planta tabaco tem que diversificar, mas é preciso encontrar um jeito de continuar ganhando dinheiro – diz.

O vizinho Sílvio Janizewski afirma estar na mesma situação.

– Trabalho com meu pai na lavoura. Hoje, temos 78 mil pés. Estamos plantando menos, porque nosso terreno é pequeno e, como só temos duas estufas e trabalhamos em três, se plantarmos mais, perderemos parte da produção. No restante do ano, plantamos aveia e centeio, mas não dá para diversificar tanto quanto o governo diz. O dinheiro vem do tabaco – aponta.

>>> Leia matéria original em A Notícia

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