Taxa de analfabetismo no campo ainda preocupa

Conforme pesquisa PNAD, 23% da população da zona rural era analfabeta, enquanto, nas cidades, o índice era de 4,4%A taxa de analfabetismo no Brasil caiu sete pontos percentuais nos últimos 15 anos. Apesar do resultado positivo, os números ainda preocupam principalmente no campo, onde um quarto da população é de analfabetos. Os dados fazem parte de um estudo divulgado nesta terça, dia 14, pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).

O Ipea analisou os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) 2007 sobre educação, juventude e raça. Segundo o estudo, a taxa de analfabetismo caiu de 17% para 10% entre 1992 e 2007. Mas a redução ainda não foi suficiente para amenizar o problema: a cada cinco brasileiros com mais de 15 anos, um é analfabeto.

A situação também é preocupante no meio rural. Em 2007, 23% da população do campo era analfabeta, enquanto, nas cidades, o índice era de 4,4%. As desigualdades se mantém quando o assunto é tempo de estudo. A população urbana acima de 15 anos fica na escola em média 8,5 anos. Já quem mora no campo estuda em média 4,5 anos. Mas, ainda no quesito estudo, a pesquisa mostra que a situação melhorou. Em 1992, a média de anos de estudo na zona rural era de apenas 2,6 anos.

O Ipea também analisou indicadores específicos para a juventude. Em 2007, o nível de escolaridade entre os jovens das zonas rurais era 30% inferior ao dos jovens urbanos. O instituto alerta para a necessidade de mais investimentos do governo em educação.