Mais de 40 entidades ligadas ao agronegócio divulgaram nesta quarta-feira, dia 23, um comunicado ressaltando a preocupação com a taxação do setor, a exemplo da proposta do governo de Mato Grosso de criar um novo tributo. Na quinta-feira, dia 17,o governador do estado, Mauro Mendes, protocolou um decreto de calamidade financeira.
O grupo afirma que elevar a carga tributária sobre a produção de bens primários prejudicaria o setor mais importante da economia brasileira, que é o agronegócio. “Além de garantir, com folga, a segurança alimentar do país, (o agro) exporta para importantes mercados consumidores asiáticos e europeus. O campo gera um quarto dos empregos formais e um quarto do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, ou seja, produz riqueza e bem-estar social”, diz o documento.
As associações ressaltaram ainda que não é punindo a produção que serão resolvidos os problemas financeiros dos estados. O fato poderia provocar ainda o encarecimento dos produtos agropecuários e a elevação da inflação e do custo da cesta básica à população. “Infelizmente os estados fizeram dívidas, incharam a máquina pública, não investiram em ganhos de gestão e eficiência e agora estão com dificuldades financeiras”.
Soja e milho
Também foi revelada grande preocupação de produtores de soja, afetados pela guerra comercial entre Estados Unidos e China, e de milho com a possibilidade de aumento de impostos. No caso do cereal, o setor recebeu recentemente investimentos privados para construção de usinas para o aproveitamento do excedente de grãos gerando combustível mais limpo para toda a sociedade.
Além disso, o endividamento de agricultores, a variação cambial, que elevou os custos de produção e tirou a rentabilidade da atividade agropecuária, e o tabelamento do frete, que atrasou a comercialização de grãos, também foram destacados como desafios a serem enfrentados neste ciclo.
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