Curso do Senar-MT visa formar profissionais capacitados para auxiliar os produtores rurais a se adaptarem às novidades tecnológicas
Fernanda Farias | Mato Grosso
Produtores de soja do Mato Grosso e do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural do Estado (Senar-MT) estão unidos para formar mão de obra qualificada. Com máquinas cada vez mais modernas, o Senar-MT contribui para a formação de jovens para atender os agricultores.
O produtor Antônio Guzzati enfreta o mesmo problema da maioria dos produtores: encontrar mão de obra qualificada para trabalhar na fazenda.
– Houve vários casos de travar o GPS, piloto não conseguir ligar a máquina, às vezes se atrapalhar e trava tudo. Aí precisa vir um técnico e tem um custo a mais – comenta.
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Uma alternativa encontradas foi participar do projeto Campo Aprendiz, oferecido pelo Senar-MT. Porém, dos 22 funcionários de Guzzati que fizeram o curso, apenas três continuam trabalhando na propriedade. Por isso, o produtor alerta para a necessidade dos agricultores se unirem para formar grupos de alunos.
– Nós temos que correr atrás para buscar funcionário qualificado. Quando mandamos algum, tem concorrência do vizinho e tudo mais. O produtor em vez de unir acaba competindo. Temos que mudar essa mentalidade – pede Antônio Guzzati.
– A ideia do projeto é que o agricultor, além de cumprir a legislação, ele é obrigado a ter cota de aprendiz, mas também entregar ao produtor uma mão de obra qualificada que ele não encontra – explica a gestora do Campo Aprendiz, Daniela Figueiredo.
Em dois anos de projeto, 180 pessoas foram capacitadas e houve apenas um grupo exclusivo para soja. Participam jovens de 18 a 24 anos, muitos deles em busca de um primeiro emprego, como o estudante Hemerson Miesi. Aos 19 anos, estimulado pelo curso, ele já pensa em fazer agronomia.
O professor do Senar-MT Rodrigo Loncarovich garante que ele e os outros alunos têm grande chances de conseguir um emprego rápido.
– Eles vão sair desse treinamento com nove certificados em treinamento de mecanização agrícola, você nota que tem uma procura muito grande, sem dúvida, serão disputados no mercado – ressalta.
Matheus Santos também foi estudante do projeto do Senar-MT, hoje ele é um dos funcionários do Grupo Bom Futuro, de Campo Verde.
– Tive a oportunidade e me destaquei. Gostei da área e vou ficar. É uma oportunidade boa, os planos para o futuro são maiores – comemora.
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