Outra vertente que vem sendo anunciada por empresas multinacionais é a adoção de híbridos com a tecnologia que permite a ação contra pragas de solo combinada com a proteção de pragas aéreas e com a tolerância a herbicidas. Em 2011, além dessa tecnologia, agricultores dos Estados Unidos já usaram híbridos com a combinação de oito genes capazes de oferecer o mais completo controle de pragas aéreas e do solo, além da resistência a herbicidas.
Desde setembro deste ano, agricultores norte-americanos ainda vêm experimentando um material que possibilita a característica de tolerância a herbicidas com refúgio na sacaria. Dessa forma, o milho a ser semeado já possui uma porcentagem de sementes com tolerância a herbicidas. O principal benefício é que o agricultor não precisa reservar parte da sua lavoura para o plantio de milho convencional. No Brasil, segundo pesquisadores, essas últimas tendências deverão se concretizar principalmente em lavouras da região Sul, em decorrência da estação de inverno ser bem definida.
Futuro
Em um cenário de buscas por aumentos de produção, produtividade e rentabilidade, multinacionais vêm anunciando para um futuro próximo o milho com tolerância à seca e com resistência a percevejos. A notícia foi divulgada durante o XI Seminário Nacional de Milho Safrinha, realizado em Lucas do Rio Verde (MT) no final de novembro. Segundo a consultoria Céleres, especializada em agronegócio, a adoção da biotecnologia representa acréscimos de 32% em comparação com os 7,5 milhões de hectares semeados na última safra. Em relação às intenções de uso de transgênicos, “cerca de 60% dos agricultores pretendem plantar o milho RR (com resistência a herbicidas) na safrinha de 2012”, antecipa João Alberto Oliveira, gerente de tecnologia de uma multinacional participante do evento.
Segundo ele, os ganhos em produtividade proporcionados pela adoção da tecnologia RR chegam a 3%.
– A maior vantagem é o controle das plantas daninhas. Comprovamos que a dessecação antecipada tem grande influência na produtividade – defende.
Diante de tantas projeções, o que já vem ocorrendo é uma intensa adoção dessas tecnologias, com 4,9 milhões de hectares que deverão receber cultivares com resistência a insetos na safra 2011/2012, sendo que as cultivares com genes combinados já se aproximam da liderança, com 4,4 milhões de hectares. A previsão é de que os stack genes serão a principal tecnologia transgênica entre os produtores de milho no Brasil.