A Polícia Federal investiga denúncias de fraudes em licitações de serviços e obras, além de suspeitas de desvio de cargas. Segundo representantes de exportadores de grãos, por exemplo, quando a carga chegava ao destino, era constatado um peso menor que o registrado no embarque. A administração dos Portos de Paranaguá e Antonina garantiu que as operações em Paranaguá seguem normalmente. Informou ainda que no próximo dia 25 vai ser iniciada a dragagem do porto. Inicialmente, a obra vai ser tocada em caráter emergencial, já que a licitação feita em 2010 foi anulada. Vão ser feitas ainda auditorias em todos os contratos firmados pela administração anterior.
A Operação Dallas envolveu 10 mandados de prisão temporária e 29 de busca e apreensão. A próxima etapa é a de ouvir os depoimentos e realizar perícias no material apreendido. O prazo para a conclusão do inquérito é de 30 dias. Pelo conteúdo apreendido, a Polícia Federal já admite que pode pedir a prorrogação do prazo. Entre os suspeitos de fraudes no Porto de Paranaguá, está o ex-superintendente da administração dos Portos de Paranaguá e Antonina, Daniel Lúcio de Oliveira. Segundo a Polícia Federal, ele deve prestar depoimento nesta sexta, dia 21, no Rio de Janeiro.
A Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec) elogiou a ação das autoridades. Segundo a entidade, as irregularidades prejudicam a imagem das exportações do Brasil e da própria Anec, que é responsável pelo principal contrato de exportação de grãos vigente no país. E, como Paranaguá é referência para a formação de preços de grãos para exportação, as irregularidades prejudicavam produtores e exportadores.