A lavoura experimental onde a colheita irá começar oficialmente fica no parque do Sindicato Rural de Camaquã, onde ocorre o encontro. Logo no primeiro dia, centenas de produtores visitaram o local. Todos de olho nas últimas novidades em máquinas e tecnologias para o setor. Também é a oportunidade para discutir os problemas da última safra e o que continua preocupando nas plantações.
? O ano passado foi um ano com perdas localizadas por chuva, enchente, perdas totais de lavouras na depressão central do Estado. Esse ano, nós não temos este mesmo evento climático. Nós temos o cataclisma do preço. Esse é o nosso evento este ano. É pior que a enxurrada, é pior que a seca, é pior que tudo ? lamentou o produtor rural Daire Coutinho.
Na região de Camaquã, a saca de arroz está sendo vendida no mercado por R$ 22, quase R$ 4 a menos que o preço mínimo estabelecido pelo governo. Há duas semanas, o governo federal anunciou um pacote de medidas para garantir melhores preços e a comercialização do produto. Durante a abertura oficial da colheita do arroz, novos mecanismos devem ser apresentados para atingir esta meta.
? Devemos ter ainda aqui no evento, no sábado, o anúncio de outras medidas ainda para o setor, de forma que nós esperamos que o conjunto destas medidas e recursos possam garantir a recuperação até o preço mínimo. E também nós trabalhamos num segundo momento para a aproximação do mercado para os custos de produção, porque o produtor não sobrevive com o preço mínimo, ninguém sobrevive com o preço mínimo ? disse o presidente da Federarroz, Renato Rocha.
Nesta sexta, dia 25, às 13h30min, no auditório do parque do sindicato, será realizado o segundo Fórum Canal Rural, que vai discutir o impacto da guerra fiscal para a cadeia produtiva.