Com um discurso considerado “lúcido” e “direto” pelos empresários, Pimentel afirmou que “o câmbio não vai mudar no curto prazo”, porque a tendência global é de desvalorização do dólar. Ele disse ainda que “a tendência dos juros é de alta” por causa da inflação no país.
Segundo participantes do encontro, o diagnóstico do ministro é de que duas importantes variáveis macroeconômicas – câmbio e juros – não vão ajudar as exportações tão cedo. Portanto, continuará difícil vender manufaturados lá fora.
? Mas vamos ter de conviver com isso ? disse Pimentel.
Nessa segunda pela manhã, dia 2, o ministro conversou com um grupo seleto de empresários que compõem o Conselho Consultivo do Setor Privado (Conex) da Câmara de Comércio Exterior (Camex). O Conex reúne representantes de empresas como Embraer e Vale e de setores como tradings, agronegócio, montadoras, celulose e tecnologia.
À tarde, durante coletiva de divulgação da balança comercial, Pimentel disse que o real forte “não ajuda” a exportação, mas “vamos ter de conviver com esse câmbio, que não é confortável” para as empresas. A constatação de que o câmbio seguirá valorizado não significa que o governo “abandonou” a indústria e deixou de se preocupar com os efeitos do real forte.