Como o ministério está conduzindo a discussão em torno da proibição de aditivos ao fumo? O governo irá oferecer alguma alternativa aos produtores?
Guilherme Cassel ? Claro que sim. É situação bastante delicada, porque em todo o mundo existem políticas de saúde pública para diminuir o consumo de cigarros. Agora, estamos frente à situação da proibição de aditivos. Que aditivos são esses? É colocar no cigarro o sabor chocolate, o sabor baunilha. Isso é crime porque vicia o adolescente. Mas a gente sabe também que, para os produtores, o fumo garante uma renda muito boa. Na medida em que a gente observa o mercado diminuindo, o governo tem de oferecer alternativas para o agricultor substituir a produção de fumo por uma outra cultura que lhe dê uma renda semelhante ou maior.
Que alternativas serão essas?
Cassel ? A gente está fazendo estudos com os movimentos sociais, com as cooperativas, com os agricultores familiares e com as universidades de Santa Maria, de Santa Cruz e de Cruz Alta. Temos de oferecer para o produtor de fumo uma alternativa segura. Entre as possibilidades, estão a produção de leite, de matéria-prima para biodiesel e a fruticultura. Mas são estudos de longo prazo, não estarão concluídos até o final do ano.
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