? As lavouras de café não sofreram com geadas, embora a madrugada desta terça tenha sido uma das mais frias do ano ? informa a meteorologista da Somar, Cássia Beu.
Nessa segunda, dia 27, o Instituto Agronômico do Paraná (Iapar) e o Sistema Meteorológico do Paraná (Simepar) emitiram aviso de risco de geada no Paraná, inclusive nas áreas produtoras de café do norte do Estado. No entanto, segundo a Somar, Londrina (PR) teve temperatura mínima de 3ºC e Maringá, 4ºC, o que não teria sido suficiente para provocar danos aos cafezais.
Além disso, outros fatores, como o campo da pressão atmosférica na superfície não tão alto e a presença de ventos na alta atmosfera, corrente de jato, também podem ter contribuído para atenuar os efeitos do frio e reduzir as condições para geadas fortes e amplas.
A meteorologista acrescenta que, em Minas Gerais, principal produtor de café, também não houve registro de geadas nas lavouras. Varginha, no interior do Estado, teve mínima de 3ºC e Patrocínio, 4,7ºC.
Em contrapartida, lavouras de milho do oeste do Paraná podem ter sido prejudicadas pelo intenso frio, principalmente as plantadas mais tardiamente. A cidade de Cascavel chegou a registrar temperatura mínima abaixo de zero nesta madrugada. Conforme a Somar, os prejuízos causados pelas geadas ainda não foram contabilizados pelos produtores.
De acordo com Cássia Beu, a tendência é a massa de ar frio perder força, elevando a temperatura ao longo da semana. No entanto, o calor deve ajudar a formar áreas de instabilidade no Paraná. Com a chegada de uma frente fria, pode voltar a chover a partir de quinta no Estado.
Essa frente fria deve avançar para o Sudeste no fim de semana, mas sem formar chuvas em áreas mais ao norte de São Paulo e no Triângulo Mineiro, por exemplo. Segundo a Somar, uma outra massa de ar polar, de menor intensidade do que a atual, deve alcançar a região Sudeste na próxima segunda.