DESASTRE

Tempestades no RS geram perdas de R$ 1,161 bi no agronegócio

Dos municípios que auferiram os prejuízos, R$ 1,1 bilhão está relacionado à agricultura e R$ 61 milhões à pecuária

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Levantamento parcial da Confederação Nacional dos Municípios (CNM) revela que as tempestades registradas desde 29 de abril no Rio Grande do Sul geraram pelo menos R$ 8 bilhões em prejuízos financeiros.

Os números contabilizam perdas de municípios que enviaram os dados à Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional.

A confederação esclarece que os impactos são informados pelos próprios municípios. São dados parciais, relatados à medida que os danos são contabilizados.

A tragédia das chuvas no Rio Grande do Sul já chega a 126 mortes confirmadas em todo o estado até agora, de acordo com o último boletim publicado pela Defesa Civil estadual, no início da noite desta sexta-feira (10). Há ainda 141 pessoas desaparecidas e registro de 756 feridos por conta da catástrofe, considerada a maior da história gaúcha.

A confederação estima que 437 municípios foram afetados, sendo 397 com reconhecimento estadual e federal do estado de calamidade pública. Destes, 219 registraram os decretos no Sistema Integrado de Informações sobre Desastres do governo federal, sendo que a maioria informou os valores de danos e prejuízos.

Segundo a CNM, dos prejuízos financeiros relatados, R$ 4,4 bilhões referem-se ao setor habitacional, com 92,3 mil casas danificadas ou destruídas, R$ 2 bilhões foram relatados no setor público e R$ 1,5 bilhão no setor privado.

A agropecuária é o setor econômico privado com perdas financeiras levantadas, somando R$ 1,161 bilhão. Dos municípios que auferiram os prejuízos, R$ 1,1 bilhão está relacionado à agricultura e R$ 61 milhões à pecuária. A indústria reportou R$ 166,3 milhões em prejuízos. Outros R$ 122 milhões foram relatados por comércios locais.

No setor público, o levantamento auferiu prejuízos de R$ 1,5 bilhão em obras de infraestrutura (pontes, estradas, drenagem urbana) e R$ 417,1 milhões em instalações públicas, como escolas, hospitais, prefeituras.