Mas se a colheita está atrasada, as taxas de produtividade continuam apresentando valores elevados, o que indica uma excelente produção esse ano. No Paraná a situação é bem semelhante, com 4% das áreas colhidas. O Estado apresenta valores entre 50 e 62 sacas/ha, já que as lavouras que estão sendo colhidas são de variedades precoces, cujas produtividades são menores do que as das variedades de ciclo médio e tardio.
As boas notícias param por aí, uma vez que os modelos de previsão indicam que essa semana será de muita chuva sobre as áreas produtoras do Paraná, o que inviabilizará os trabalhos de campo. O mesmo ocorrerá em Mato Grosso, já que após o dia 12 as chuvas ficarão mais generalizadas e com longos períodos de invernadas. A tendência para o mês de fevereiro é que o tempo fique bem mais chuvoso, com períodos de invernadas mais freqüentes sobre os estados de MT e PR, além de Goiás e Mato Grosso do Sul. E esse tempo mais fechado além de atrapalhar a colheita também irá favorecer uma maior proliferação e ataque de doenças, principalmente a ferrugem asiática.
Em São Paulo e Minas Gerais as condições das lavouras de soja estão muito boas, com bons aspectos fitossanitários e crescimento dentro de um padrão considerado normal. Apenas na região noroeste e central de MG, devido à estiagem que atinge essas regiões, as lavouras estão apresentando uma pequena quebra de produtividade. Mas como há previsão de chuvas para essas regiões a partir do dia 12, a situação tende a melhorar. As quebras até agora já contabilizadas de 13% não serão revertidas.
No Rio Grade do Sul, as chuvas ocorridas durante a semana passada contribuirão para a elevação da umidade do solo, o que trouxe um certo alivio aos produtores, em especial para a região sul do Estado que vinha enfrentando seca. Mas a tendência é que o mês de fevereiro continue com chuvas abaixo da média em toda a região, o que poderá continuar levando a quebras na produtividade. Por outro lado, as principais regiões produtoras do Estado continuam apresentando bom desenvolvimento vegetativo, sendo que 45% das lavouras estão na fase de florescimento e 25% em enchimento de grãos.