O produtor Dirceu Lopes de Souza planta morangos há oito anos. São quase oito mil pés que costumam render até 400 mil caixas da fruta, mas este ano, o tempo não ajudou. Depois da seca veio a chuva, foram quatro dias seguidos desde a semana passada.
O excesso de umidade danificou os frutos, provocando rachaduras e perda de sabor. Com a qualidade prejudicada, a fruta não pode ser vendida in natura, já que o aspecto do morango não agrada o consumidor. Uma alternativa é vender para as indústrias, que pagam menos. Nessa época, enquanto o mercado paga R$ 4 o quilo, as indústrias compram por apenas R$ 1,50.
Apesar de a chuva ter afetado a qualidade dos morangos que estavam prontos para ser colhidos, a maior parte dos produtores não reclama. Ela fez surgir uma nova florada, trazendo a esperança de mais uma colheita. Dirceu está entre os produtores que acreditam que a chuva trouxe mais lucro, do que prejuízos.