Segundo a companhia, o plano contará com o suporte do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), através de um acordo de financiamento de longo prazo, e também com a conclusão do processo de refinanciamento da Guarani, no valor de US$ 560 milhões.
Em linha com o acordo firmado entre a Tereos Internacional e a Petrobras Biocombustível em abril do ano passado, a subsidiária da estatal também participa no financiamento destes investimentos, com uma injeção de capital no valor de R$ 195,4 milhões realizada no último dia 31.
Com isso, a Petrobras aumentou sua participação no capital da Guarani de 26,5% para 31,4%, ficando a Tereos Internacional com a participação restante de 68,6% no capital da Guarani.
O plano de investimentos contempla o aumento de 3,5 milhões de toneladas na capacidade de processamento de cana-de-açúcar da Guarani no período de quatro anos, que passará de 21 milhões de toneladas para 24,5 milhões de toneladas, com um aumento na produção de aproximadamente 170.000 toneladas de açúcar e 195.000 metros cúbicos de etanol.
A Guarani deve expandir também sua capacidade de geração de energia em 913 GWh, passando dos atuais 259 GWh para 1.172 GWh por ano. Segundo a companhia, o plano inclui investimentos nas unidades industriais Cruz Alta, Tanabi, São José e Mandu e na Usina Vertente.
Aproximadamente metade do total a ser investido será direcionada ao aumento da capacidade operacional e a outra metade será destinada ao aumento da cogeração de energia.
A primeira fase do plano prevista em R$ 465 milhões já foi aprovada pelo Conselho de Administração da Tereos Internacional e da Guarani e consistirá na expansão da capacidade de moagem das unidades São José e Mandu em 1,2 milhão de toneladas, além da expansão da produção de energia de cogeração nas unidades São José, Mandu, Cruz Alta e Tanabi em um total de 651 GWh.
Nos leilões de Energia de Reserva e de Fontes Alternativas, ambos ocorridos em agosto de 2010, a Guarani vendeu o equivalente a 488 GWh em contratos de energia, com início em 2013. Além disso, em dezembro de 2010, a Guarani assinou contratos com a Neoenergia para a venda de 219 GWh por ano, em um período de fornecimento de 10 anos.
Para garantir suporte para o plano de investimentos, o BNDES aprovou um pacote financeiro de R$ 764 milhões para a Guarani. O financiamento aprovado tem vencimento médio de 11 anos, compreendendo um período de amortização de nove anos e um período de carência de dois anos.