Agricultura

Tereza Cristina: 'Não existe conflito entre o agro e preservação ambiental'

Para ela, os grandes produtores rurais estão cientes de que a sustentabilidade da sua produção afeta a aceitação dos seus produtos nos mercados externos

algodão, Tereza Cristina
Foto: Mapa/divulgação

A ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento Tereza Cristina disse que o crescimento do setor agropecuário e a proteção do meio ambiente não são premissas conflitantes. A declaração ocorreu nesta quinta-feira, 10, no Fórum de Investimentos Brasil 2019, na capital paulista.

“O Brasil é uma potência agroalimentar, mas também é uma potência ambiental. Apesar de neste momento isso ser altamente questionado. Para seguir incrementando a produção nacional e minimizando os impactos ao meio ambiente, o governo brasileiro e o setor privado precisam continuar trabalhando juntos”, disse a ministra.

Para Tereza Cristina, os grandes produtores rurais estão cientes de que a sustentabilidade da sua produção afeta a aceitação dos seus produtos nos mercados externos, e de que estão sob influência de mudanças climáticas.

“A agricultura é um dos setores mais afetados pelos efeitos das mudanças climáticas, temperaturas médias mais altas, mudanças das chuvas, aumento na frequência e intensidade de eventos climáticos assim como a possibilidade de aumento de danos causados por pragas e doenças poderão afetar fortemente o trabalho no campo”, acrescentou.

Tereza Cristina afirmou que, em 2018, a produção brasileira agropecuária chegou a US$ 147,4 bilhões e que a previsão é que continue crescendo. “Projeções apontam que nos próximos dez anos a produção brasileira de grãos crescerá 27%, carne bovina 19%, suína 25% e frango 28%. Parte dessa produção será destinada ao mercado externo, contribuindo para garantir a segurança alimentar e nutricional global”, disse.

OCDE

A ministra Tereza Cristina comentou a indicação da Argentina à Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) pelos Estados Unidos. Segundo ela, o governo já sabia disso desde janeiro, quando estiveram no país norte-americano.

“Nós já sabíamos disso, que a Argentina já estava com a documentação mais pronta que a do Brasil. Isso foi colocado para nós claramente, que eles seriam primeiro e que em seguida Os Estados Unidos indicariam o Brasil e a Europa indicaria um outro país. Mas isso não tem nada a ver que o Brasil foi passado para trás. Não, era uma fila e isso foi acordado desde lá trás”, disse.

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