A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, admitiu que o próximo Plano Safra, referente ao ciclo 2019/2020, a ser anunciado no dia 12, estará “muito apertado (de recursos) em função do Orçamento”. Ela comentou que a pasta está vendo o que é possível fazer em relação à equalização de juros para as taxas de crédito rural subsidiado. “Estamos vendo o que vai ser possível”, reforçou.
Segundo ela, se o volume de recursos ficar muito apertado, o governo vai privilegiar pequenos e médios produtores e deixar uma parcela menor para os grandes. A ministra afirmou ainda que está trabalhando para manter o mesmo valor do plano vigente, que alcançou quase R$ 195 bilhões. “Essa é grande quebra de braço que sempre acontece”, disse.
Tereza Cristina acrescentou que ainda não tem perspectiva em relação a uma solução vinda do Executivo para a dívida referente ao Funrural – cuja cobrança foi considerada legal, há dois anos, pelo Supremo Tribunal Federal (STF). “Não sei se a solução (da dívida) virá via medida provisória ou projeto de lei”, continuou.
A ministra comentou ainda sobre a declaração do presidente Jair Bolsonaro em relação à possibilidade de não punição de proprietários que atirarem contra invasores de terras. “Eu não sei se sou favorável, mas eu não descartaria”, disse. “Eu espero que não tenha invasões de terra no Brasil e que a gente não precise desse mecanismo”, afirmou.