Inicialmente, o Tegram passará a operar por meio de rodovia, mas a expectativa é que o Terminal esteja 100% concluído até o final do primeiro semestre deste ano, quando está previsto para que o ramal ferroviário e os quatro armazéns estejam totalmente finalizados.
O terminal é bastante aguardado pelo mercado de agronegócios em geral, por representar uma nova alternativa para o escoamento da safra de grãos, especialmente para os produtores da região do MATOPIBA (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia), além do nordeste de Mato Grosso, que serão diretamente beneficiados.
O Tegram recebeu investimento aproximado de R$ 600 milhões e é composto por quatro armazéns, sendo cada um com capacidade de armazenamento estática de 125 mil toneladas. O primeiro armazém, que começou a fase de testes operacionais pertence à NovaAgri. Porém, todas as empresas poderão operar neste silo, até que os quatro armazéns sejam concluídos.
Em uma primeira etapa, o terminal terá a capacidade de movimentar volumes superiores a cinco milhões de toneladas de soja, milho e farelo, por meio de berço que conta com preferência de atracação. Estima-se que 80% da produção agrícola dessas regiões chegarão ao Tegram por meio de ferrovias e 20% por rodovias. Para garantir eficiência logística no processo, esses modais também contemplam os investimentos realizados pelos consorciados.
A capacidade de recepção pelo modal rodoviário será de até 800 caminhões diariamente, o que significa mais de 32 mil toneladas por dia. Para minimizar o impacto do trânsito desses veículos, o Tegram adotará um sistema de recebimento de mercadorias que contará com pátio de triagem e agendamento prévio. O sistema de recebimento ferroviário terá a capacidade para descarregar três mil toneladas/hora, com oito vagões simultaneamente em duas moegas ferroviárias. O ramal ferroviário terá extensão para receber um comboio com 80 vagões, com aproximadamente sete mil toneladas/comboio.
Do ponto de vista de expedição, o Tegram contará com carregador de navios que operam a uma taxa de 2,5 mil toneladas por hora, o que permite um rápido carregamento, evitando assim as custosas filas de atracação.
Segunda fase
Quando o berço estiver próximo da movimentação de cinco milhões de toneladas anuais, entrará em operação a segunda fase do Tegram. Nesse momento, o embarque de mercadorias passará a ser realizado igualmente por um segundo berço, também com preferência de atracação. A expectativa de movimentação da operação somada destes dois berços ultrapassam 10 milhões de toneladas anuais.
Além dos terminais, as consorciadas do Tegram, individualmente, investirão em infraestrutura logística nas regiões produtoras do MATOPIBA. São armazéns e transbordos que possibilitarão ao Terminal a movimentar os volumes previstos. Para essas obras estão contemplados investimentos de cerca de R$ 400 milhões.
O Tegram será atendido principalmente pela Ferrovia Norte-Sul, que está entre as mais eficientes, seguras e modernas linhas de trem do Brasil, aliando alta performance e produtividade no transporte de granéis agrícolas. Essa ferrovia capta cargas em regiões de influência que cruzam os estados do Maranhão, Tocantins e Goiás, e se estendem até parte do Pará, Mato Grosso e Bahia, por meio de terminais multimodais de transbordo rodoferroviário.
Consórcio TEGRAM
O Consórcio Tegram é formado pelas empresas NovaAgri, Glencore, CGG Trading e Consórcio Crescimento (formado pelo Grupo Amaggi e Louis Dreyfus Commodities), que juntas administrarão a área comum do Terminal. Cada empresa administrará individualmente o seu próprio armazém no Tegram.