– A manutenção de bons preços para os grãos este ano, por exemplo, tem reflexos claros no aquecimento do mercado de terras nas regiões de Araxá, Uberlândia e Unaí – diz.
No Alto Paranaíba (região Araxá), Sul de Minas (região Pouso Alegre) e Triângulo (região Uberlândia) estão as terras de lavouras mais caras do Estado (com preço médio de R$ 20.291,75 na primeira, R$ 16.506.60 na segunda região e R$ 16.404,37 na terceira).
– Mesmo quando há desvalorização de certos produtos, o preço da terra nessas regiões se mantêm sustentados em patamares altos por conta da diversidade de produtos e perfil geográfico, uma vez que as terras planas possibilitam maior mecanização e investimentos. Além disso, são regiões em que a infraestrutura logística é avançada – explica.
Na região Central do Estado, as terras de pastagem foram as que mais encareceram, encerrando 2013 com incremento de 42,45% no preço médio. A justificativa para este caso, segundo Aline, está na pressão imobiliária causada pelo crescimento das cidades e redução das terras agricultáveis disponíveis. Prova disso foi a valorização em 32,49%.das terras para lavouras na região.
Perspectivas
Segundo Aline Veloso, além da expansão dos centros urbanos, a valorização pela escassez de terras disponíveis também se justifica, cada vez mais, pela crescente demanda por proteína animal (carne e leite).
Ela lembra ainda que a aprovação do Código Ambiental Federal no final de 2012 e a regulamentação, em outubro último, da Legislação Florestal em Minas Gerais aumentarão significativamente a necessidade de recomposição das áreas de preservação nas propriedades.
– Com a obrigatoriedade dos produtores se adequarem à legislação, os preços das terras de matas também tendem a se valorizar, como já é verificado. Nesse sentido, já existem linhas de crédito específicas para recuperação de áreas degradadas, que poderiam ser convertidas em matas ou ainda para produção agrícola e pecuária – explica.