Segundo o Secretário municipal de agricultura do municipio, Waldemar Gimenez, a expansão da área urbana é a responsável pela valorização das terras no campo. Quanto mais perto da parte urbana, mais cara é a terra.
– Piracicaba sofreu nos últimos 8/9 anos um crescimento extremamente grade, muitas indústrias. E isso ajudou a inflacionar. Porque as indústrias se localizam, hoje, em áreas que eram rurais. Naquela região onde a indústria se instalou, com certeza o preço dobrou – destaca o secretário.
– O limite urbano cresceu. A área que era vendida por alqueire ou hectare passa a ser vendida por metro quadrado. Então, por isso que dá essa salto de valorização – ressalta o consultor de imóveis, Jacques Torres.
As áreas de plantação ou de pastagem também se transformam em loteamentos residencias. A valorização das terras agrícolas já tem uma consequência: a migração da atividade rural. Com a venda das terras mais próximas dos centros urbanos, agricultura e pecuária são transferidas para localidades mais afastadas, onde os preços são menores.
Apesar da grande procura pelos imóveis rurais, os compradores reclamam dos altos valores cobrados.
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– O que mais os industriais reclamam é que não existe atualmente uma justificativa lógica para o metro quadrado subir tanto em tão pouco tempo. De rural, passou para urbana e valorizou 100%. Não pode isso acontecer. Ela tem que ter uma estabilização – diz o consultor de imóveis.
Segundo o diretor da Informa Economics FNP, José Vicente Ferraz, os preços devem continuar subindo, mas tende a ser maior nos próximos anos.
– Os preços das terras no Brasil ainda vão continuar subindo acima da inflação, mas a tendência é ter um amortecimento neste processo de alta. Acompanhamos há mais de uma década essa transformação, e dá para notar, de um modo geral, que os preços no Brasil vem subindo continuamente acima da inflação, nos últimos anos inclusive, os bons preços alcançado notadamente pelos grãos. Acredito que este processo de valorização vá se manter acima da inflação, isso com uma tendência de uma pequena diminuição na velocidade de aumento de preços, não é que os preços vão cair, mas vão subir de uma forma um pouco mais lenta – salienta.
