Tocantins prevê safra recorde de soja este ano

A expectativa é que os produtores consiga uma produtividade de 55 sacas da oleaginosa por hectare, em média

A soja está se desenvolvendo bem no Tocantins, garante a Associação dos Produtores de Soja e Milho de Tocantins (Aprosoja/TO), a expectativa é de uma produtividade média de 55 sacas por hectare, se o clima continuar ajudando. Se isso se confirmar nem mesmos os altos custos para transformar áreas de pastagens degradas em soja serão um problema para os produtores da região.

A área plantada com soja foi estimada em 900 mil hectares nesta temporada, segundo o terceiro levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Isso representa um avanço de área superior a 3%, basicamente sobre áreas de pastagens degradadas, garante o vice-presidente regional da Aprosoja de Porto Nacional, Fabiano Buffon. “A expansão das áreas de soja estão acontecendo sobre as pastagens degradadas, basicamente. Mas, esta implementação gera um custo mais elevado”, garante Buffon.

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Segundo ele, os custos para fazer esta adaptação variam entre R$ 1,8 mil e R$ 2 mil por hectare, ou seja, algo em torno de 30 a 33 sacas respectivamente, por hectare. “Este custo é um pouco mais elevado mesmo. O produtor que vai partir para isso precisa avaliar, pois normalmente terá que custear com recursos próprios”, afirma o executivo.

É importante lembrar que as áreas reformadas levam pelo menos três anos para atingirem uma boa produtividade, acima de 50 sacas por hectare. “Se o clima ajudar, como está acontecendo acredito que teremos uma produtividade média no estado de 55 sacas por hectare”, conta Buffon.

Se esta expectativa se confirmar o estado pode produzir um volume recorde de 4,9 milhões de toneladas, contra as 1,6 milhões de toneladas da safra 2015/2016 (afetada pelos problemas climáticos).

Por sua vez, a Conab prevê uma produtividade no estado de 48 sacas por hectare, que daria origem a uma produção menor de 2,9 milhões de toneladas. Mesmo nesta pior hipótese, a safra no estado será recorde, o produtor receberá mais para cobrir os altos custos e a atividade seguirá firme para se expandir nos próximos anos.

Daniel Popov, de São Paulo, com informações de Sebastião Garcia

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