De acordo com o Dieese, os aumentos mais expressivos no preço do produto foram observados em Curitiba (75,39%), São Paulo (73,13%), João Pessoa (67,78%) e Rio de Janeiro (64,31%). Em três capitais, as altas foram inferiores a 20%: Vitória (17,07%), Fortaleza (16,20%) e Manaus (12,56%).
O Dieese destacou também que, em 12 meses, foram apuradas altas extraordinárias no valor médio do tomate, que chegaram a 117,10%, no Rio de Janeiro; 109,72%, em João Pessoa; 99,31%, em Recife e 70,43%, em Florianópolis. As menores elevações do período ocorreram em Fortaleza (17,29%); Belém (17,18%), Manaus (14,22%) e Goiânia (0,45%).
? Além do preço elevado, o tomate está com baixa qualidade. As condições climáticas adversas desorganizaram a produção e tornaram necessário o replantio nas principais regiões produtoras. Após este procedimento, são necessários cerca de três meses para a colheita. Assim, no momento a oferta é pequena e o preço teve alta ? avaliaram os técnicos do Dieese.
Além do tomate, o Dieese apurou que outros itens também influenciaram o preço da cesta básica nas capitais em março ante fevereiro. O valor do leite aumentou em 13 localidades em março; os preços do feijão e do açúcar subiram em 12 cidades; a carne e o arroz apresentaram alta em 11 capitais; e o preço da batata avançou em sete cidades.
Segundo o Dieese, o óleo de soja se destacou por ser um dos poucos itens com predomínio de queda de preços em março. Na comparação com fevereiro, 14 das 17 capitais contaram com baixas no valor do produto que se situaram entre -0,35%, apurada em Fortaleza, e -5,36%, em Florianópolis. Em Goiânia (1,40%), Salvador (1,27%) e Recife (1,13%) ocorreram elevações de preço.