A expectativa dos manifestantes é que a votação não ocorra nesta terça, dia 24. Se isso ocorrer, eles pedem que a extensão das áreas de preservação permanentes (APPs) não seja alterada e que não haja anistia para quem desmatou na faixa que deveria ser protegida. Caso a votação passe, as esperanças recaem sobre alterações no projeto no Senado e, por fim, no veto da presidenta Dilma Rousseff.
? Nós acreditamos na capacidade do governo. Chegou a hora de mostrar se tem ou não base aliada. Se votarem a favor do agronegócio, nossa luta será no Senado. Se passar a anistia, iremos pressionar pelo veto ? disse a secretária de Meio Ambiente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Carmen Foro, que espera bom senso dos parlamentares.
Para a presidenta da Federação dos Trabalhadores da Agricultura Familiar (Fetraf), Elisângela Araújo, a mensagem dos movimentos sociais chegou ao governo.
? Dilma deu sinais de querer tratar a agricultura familiar de uma forma diferente. O que está em disputa é um modelo de agricultura. Queremos barrar o avanço da monocultura ? disse.
Para o coordenador da secretaria-geral da Fetraf, Marcos Rochinski, a bancada favorável ao agronegócio tenta convencer a opinião pública de que a manutenção do atual código ou a não concessão da anistia traria problemas à agricultura familiar. Os ministros Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral da Presidência) e Izabella Teixeira (Meio Ambiente), disseram que o governo é contrário a conceder anistia.
Dentro do Congresso Nacional, ruralistas se manifestaram em favor da aprovação do relatório de Aldo Rebelo. O ex-presidente da União Democrática Ruralista, Ronaldo Caiado (DEM-GO), disse que se a presidenta Dilma Rousseff não sancionar a lei, conforme aprovado no parlamento, ele entrará de licença por 30 dias para mobilizar os produtores rurais e derrubar o veto.
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