? Nós estaremos mobilizados com o objetivo de pressionar e também de negociar. Nós já solicitamos uma audiência à presidente da República e estamos aguardando esse retorno para poder discutir ? esclareceu o coordenador do MST, José Valdir Misnerovicz.
Um dos temas que serão discutidos durante a jornada é a educação no campo. Segundo a Via Campesina, o censo escolar do Ministério da Educação mostra que mais de 24 mil escolas foram fechadas na área rural entre 2002 e 2010.
? Isso nos remete a olhar com profundidade o que está em jogo, relacionado às disputas de projetos de campo. Os governos têm demonstrado cada vez mais a clara opção pela agricultura de negócio ? o agronegócio ? que tem em sua lógica de funcionamento pensar em um campo sem gente e, por conseguinte, um campo sem cultura e sem escola ? disse o representante do setor de Educação do MST, Erivan Hilário.
Além da educação no campo, a Jornada Nacional por Reforma Agrária inclui reivindicações como o assentamento de 60 mil famílias acampadas ? 100 mil famílias por ano ?, algumas há mais de cinco anos, a recomposição do orçamento para a obtenção de terras, a renegociação das dívidas de pequenos agricultores e as mudanças no atual Código Florestal.
? Nós não queremos a mudança no Código Florestal. Nós defendemos o atual Código. Flexibilizar APPs e Reserva Legal é um atentado a natureza e ao nosso planeta ?defendeu a coordenadora do Movimento de Mulheres Camponesas, Rosângela Piovizani.