Os líderes solicitaram o posicionamento do Incra sobre a posse da fazenda. O órgão se comprometeu a intermediar uma reunião com a Secretaria do Patrimônio da União, ligada ao Ministério do Planejamento, para tentar localizar o proprietário da terra. Segundo os líderes dos movimentos sociais, a área foi grilada há mais de 20 anos em nome Wilfried Karl Stoli, um alemão que nunca morou no Brasil.
O Incra afirmou que não irá interferir na ocupação.
– O Incra não vai interferir nesta questão porque é social. Mas não compactuamos com qualquer ocupação de terra, seja pública ou privada – aponta o superintendente do Incra/DF, Marco Bezerra.
A expectativa é que a reunião com os órgãos do governo federal aconteça na próxima semana. As famílias que estão acampadas no local prometem deixar a fazenda se houver a comprovação de que a área é privada.
– A ocupação será mantida. Hoje, garantimos certos recursos básicos, como segurança, para garantir integridade a integridade física e moral das famílias que estão lá – destaca o presidente da Confederação Nacional dos Agricultores Familiares (Conafer), Carlos Lopes.
De acordo com a Conafer, representantes dos movimentos sociais apontam que o DF e entorno têm cerca de seis mil famílias cadastradas pelo Incra e acampadas em 20 áreas.