Trabalhadores de usinas de açúcar e etanol ameaçam com greve em São Paulo

Categoria pede reajuste salarial de 7,16% acrescido de um aumento real de 5%Os trabalhadores das usinas de açúcar e etanol do Estado de São Paulo estão em negociação salarial com os representantes das indústrias. No entanto, na região de Guaíra, norte do Estado, e em Parapuã, no oeste, os trabalhadores ameaçam deflagrar greve por tempo indeterminado, a partir de segunda, dia 27, caso as reivindicações não sejam atendidas.

– As ameaças de greves em usinas de açúcar e etanol de São Paulo são pontuais e as rodadas de negociações entre sindicatos e indústrias ocorrem em praticamente todas as regiões do Estado – informou o presidente da Federação dos Trabalhadores nas Indústrias Químicas e Farmacêuticas paulista (Fequimfar), Sérgio Luiz Leite. A base da Fequimfar reúne cem usinas e 35 mil trabalhadores do setor sucroalcooleiro.

De acordo com ele, os avisos de paralisações foram enviados por quatro unidades de Guaíra (Usina Guarani, Usina Açucareira Guaíra, Usina Colorado e Usina Alta Mogiana, num total de três mil trabalhadores) e também pela Usina Califórnia, em Parapuã. Se as reivindicações não forem aceitas, os funcionários dessas usinas podem interromper as atividades por tempo indeterminado. A categoria pede, entre outros pontos, um reajuste salarial de 7,16% acrescido de um aumento real de 5%. A data-base da categoria é 1º de maio.

As demais regiões produtoras de cana do Estado também estão mobilizadas na campanha salarial. Leite informou que as negociações ocorrem na região de Bauru, mas uma proposta de reajuste ainda não foi apresentada. Os representantes das usinas de Araçatuba apresentaram uma proposta de 7,5% de reajuste, motivo pelo qual os sindicatos locais suspenderam as assembleias, e um acordo deve ser fechado. Na região de Presidente Prudente, já foram feitas duas rodadas de negociações, mas nada foi definido por enquanto, apontou Leite. 

Agência Estado