Quatro refeições por dia, wifi, escola gratuita de qualidade e alojamentos que mais parecem hotéis são alguns dos benefícios oferecidos pelo fazendeiro
André Anelli, de Montividiu (GO)
Em tempos em que o Governo Federal discute o conceito de trabalho escravo e não chega a uma conclusão que ofereça segurança jurídica aos empregadores, tem produtor rural se blindando contra eventuais ações trabalhistas.
Adriano Barzotto, sojicultor no município de Montividiu, sudoeste de Goiás, investiu mais de R$ 300 mil nos últimos anos, só em infraestrutura para os colaboradores. Pelas fotos, é possível ter uma ideia do que é disponibilizado aos trabalhadores da Fazenda Segredo.
O alojamento com banheiros em todos os quartos, pisos, telhado e pintura de qualidade, possui rede wifi aberta e gratuita e ainda conta com faxineira paga pelo produtor, para manter tudo em ordem, enquanto os funcionários concentram esforços no campo.
Quando o assunto é alimentação, quatro refeições são oferecidas diariamente, sem nenhum custo ou desconto em salários. A equipe do Projeto Soja Brasil almoçou na propriedade e atestou a qualidade da refeição. Com a inauguração do novo refeitório, prevista para os próximos dias, além da comida saborosa, os intervalos serão ainda mais agradáveis.
Para os filhos dos funcionários, uma escola é mantida nas proximidades da fazenda, pelo próprio empregador, em parceria com a prefeitura. No local, aos finais de semana, ainda são realizadas festas comunitárias, além das tradicionais partidas de futebol, no amplo campo de futebol, mantido pela mesma parceria público privada.
O agricultor Adriano Barzotto diz que a preocupação com a qualidade de vida dos funcionários sempre foi uma constante, muito antes de qualquer discussão por direitos trabalhistas. “Em época de plantio ou colheita, a nossa jornada de trabalho é intensa, então oferecemos tudo o que é preciso para que os funcionários consigam nos ajudar. É uma contra-partida”, resume.