? Ainda que o recente crescimento da demanda indiana não tenha sido tão alto quanto vimos no passado, a combinação do aumento populacional e da firmeza da economia significa que estamos otimistas em relação ao futuro do consumo de açúcar no país ? disse Toby Cohen, diretor da Czarnikow.
A desaceleração do ritmo de expansão do consumo indiano é resultado da volatilidade maior dos preços e das medidas governamentais que restringem os estoques, segundo a trading. A demanda por açúcar entre os consumidores de baixa renda será estimulada pelo aumento do poder aquisitivo, segundo a Czarnikow, com a classe média comprando mais itens alimentícios não considerados essenciais.
De acordo com a trading, o consumo per capita de açúcar na Índia está em torno de 20 a 22 quilos, abaixo da média global de 24 quilos. Na última década, a demanda interna cresceu a uma taxa anual de 3,5%.
? A tendência de um consumo maior de açúcar consolidou a posição da Índia como consumidor mais importante do mundo ? informou Peter de Klerk, analista da Czarnikow.
O açúcar faz parte da dieta indiana. Com uma população de 1,2 bilhão de pessoas, o país é o maior consumidor da commodity no mundo, com uma demanda um terço maior que a da Europa e mais de 60% superior à da China. Os preços locais do açúcar chegaram a atingir uma máxima de 44 rupias por quilo em janeiro de 2010, mas desde então se estabilizaram em torno de 30 rupias por quilo (51,95 rupias = US$ 1).
? Com as cotações se estabilizando, há potencial de maior acessibilidade no próximo ano, o que pode acelerar a alta do consumo ? observou a trading britânica.