Todas as 95 unidades de cooperativas agrícolas do Rio Grande do Sul foram afetadas, direta ou indiretamente, pelas enchentes que atingem o estado. O setor trabalha agora pela recuperação de todo o sistema, pedindo a renegociação e a prorrogação das dívidas dos produtores em instituições financeiras.
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As cooperativas defendem um novo modelo de refinanciamento de dívidas, com fundos federais de apoio aos projetos de negociação. A ênfase está na necessidade de crédito acessível para possibilitar a recuperação financeira.
Os produtores enfrentam dificuldades financeiras significativas, devido a secas anteriores e às enchentes deste ano. O setor defende a aplicação de linhas de crédito com juros baixos, de 3% a 7%, por exemplo, evitando os encargos de taxas de mercado.
Recuperação do solo
Um problema adicional das cooperativas agrícolas gaúchas e seus associados é que o solo fértil perdido para a erosão pode levar até dez anos para ser recuperado.
Há exigência de investimentos substanciais em recuperação de solo, calagem e adubação para mitigar as perdas econômicas.
A Federação das Cooperativas Agropecuárias do Rio Grande do Sul (FecoAgro-RS) solicita políticas públicas estruturais urgentes para gerenciar o endividamento. O objetivo é que haja garantia para as cooperativas continuem financiando os produtores e permitindo que paguem suas dívidas por meio da própria produção ao longo do tempo.