Transgênicos entram em discussão em congresso na agrocapital Londrina

Especialistas criticam demora na aprovação de novas variedadesOs desafios da biotecnologia não estão apenas nos laboratórios. As leis que regem o setor e a pressão de grupos econômicos também são determinantes na velocidade com que os organismos geneticamente modificados são disponibilizados para o produtor. A opinião é de especialistas que participam do 27º Congresso Nacional de Milho e Sorgo, que ocorre em Londrina (Paraná).

De acordo com o professor da Universidade de São Paulo, Ernesto Paterniani, o Brasil tem hoje mais de 300 variedades transgênicas de soja, milho, algodão e canola em fase experimental. No entanto, estes números ainda estão longe dos ideais. Segundo o vice-presidente da Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio), Edilson Paiva, a demora para a aprovação das variedades no país é muito grande e muitas chegam ao mercado defasadas.

? Infelizmente nós estamos aprovando hoje no Brasil uma tecnologia ultrapassada em relação aos países mais avançados. Enquanto eles já estão utilizando transgênicos com duas, três características na mesma planta, nós ainda estamos utilizando tecnologias simples.