Segundo o levantamento, os investimentos em energia precisarão aumentar 19 vezes para permitir que o mundo alimente nove bilhões de pessoas, produza energia para todos e freie as mudanças climáticas em andamento. Para a entidade, apenas a tecnologia garantirá que essa equação seja resolvida.
Entre os principais pontos de negociação estão o financiamento dessa transição a uma economia verde e a definição de quem ficará com a conta da adoção de novas tecnologias. Mas, diante da divergência entre governos, não há sinal de acordo.
? Não há como negar: não poderemos viver neste planeta se seguirmos com o mesmo padrão tecnológico ? afirmou o secretário-geral da conferência Rio+20, Sha Zukang.
A equação apresentada pela ONU é simples: em 40 anos, o mundo terá 2,7 bilhões de pessoas a mais, que terão de ser alimentadas e demandarão energia. Isso sem contar com os miseráveis de atualmente, que, se houver crescimento econômico até lá, vão se tornar consumidores.
? Não podemos parar os motores da economia mundial e os países pobres precisam ter o direito de promover uma melhoria de vida para seus cidadãos. Nas próximas décadas, o mundo terá de adotar novas tecnologias em diversos setores, e isso deve ser uma prioridade de políticas nacionais ? declarou o secretário-geral.
A estimativa da ONU é de que atualmente o mundo destine cerca de US$ 100 bilhões por ano para promover a transição para uma economia sustentável. Os emergentes terão de investir US$ 1,1 trilhão por ano e os ricos, quase US$ 900 bilhões. As informações são do jornal O Estado de São Paulo.