Paste this at the end of the

tag in your AMP page, but only if missing and only once.

MERCADO

Três fatores devem influenciar os preços do milho nesta semana

Demanda interna e ritmo de exportação do cereal têm andado em direções opostas. Veja análise sobre o que esperar do mercado

espigas de milho
Foto: Leonardo Melo da Rocha/Embrapa Milho e Sorgo

O plantio do milho alcançou 32,3% da área projetada para a safra 2024/25, de acordo com os últimos dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), divulgados na semana passada. O número está em linha com o mesmo período do ano passado, que estava com 33%.

A respeito das exportações, o volume exportado em outubro alcançou 3,9 milhões de toneladas, conforme a Secretaria de Comércio Exterior (Secex). Esse número representa 46% do mesmo período do ano passado. De acordo com a plataforma Grão Direto, essa diferença tem acontecido, principalmente, por conta de outros países terem, no momento, preços mais competitivos.

O milho encerrou a semana cotado a U$ 4,16 o bushel (+2,97%) em Chicago, para o contrato com vencimento em dezembro de 2024. No Brasil, na B3, o cereal seguiu a mesma tendência, com alta expressiva de 4,77%, fechando a R$ 72,55 por saca no contrato de novembro deste ano.

O que esperar do mercado agora?

  • Demanda norte-americana: nas últimas semanas, o milho dos Estados Unidos tem registrado alta demanda, com preços mais competitivos que os de outros países. O menor volume exportado pelo Brasil, comparado ao ano passado, reforça essa competitividade. O México tem se destacado como o principal comprador do cereal norte-americano, representando cerca de 42% das vendas de milho para 2024/25. Além disso, o Japão também é um importante importador, e já alcançou seu maior volume em quatro anos.
  • Demanda interna: o consumo interno de milho tem se mostrado bastante forte e em crescimento nas últimas semanas, em oposição ao menor ritmo das exportações. Esse cenário tem dado suporte e até impulsionado os preços do cereal, que estão sendo negociados acima da paridade internacional. De acordo com a Grão Direto, a alta no valor da arroba do boi, junto com a crescente demanda de milho para a produção de etanol, são os principais fatores por trás dessa valorização.
  • Safra da Argentina: de acordo com a Bolsa de Cereales, o plantio de milho argentino já cobriu cerca de 24% da área projetada. Esse ritmo é superior ao do ano passado e está em linha com a média dos últimos cinco anos. A ameaça da cigarrinha, uma praga que causou muitos prejuízos no ano passado, está no radar dos produtores, que buscam mitigar riscos realizando uma semeadura mais antecipada. Para a Grão Direto, um atraso nos trabalhos pode levar os agricultores a reduzirem a área dedicada ao milho, o que afetaria negativamente a oferta mundial do grão.
  • Análise Gráfica: o milho cotado em Chicago se mantém acima dos US$ 4,10/bushel (contrato Z – Dezembro), trazendo expectativas de alta. Regiões que podem impactar o andamento dos preços: considerando um cenário de alta: US$4.24, US$ 4.28 e US$4.34 são regiões que o grão pode sentir dificuldades de rompimento para manter um movimento de alta. Cenário de baixa: caso o milho cotado em Chicago venha perder a região dos US$ 4,10, os US$ 4,03, US$ 3,97 e US$ 3,90 são patamares que podem segurar a queda inicial do grão.

De acordo com a plataforma Grão Direto, diante do cenário apontado, a semana poderá ser de correções nas cotações da BM&F, principalmente pela possível correção do dólar. O cenário não deve refletir diretamente no mercado físico do milho, que ainda possui pressão compradora em algumas regiões.

Sair da versão mobile