Segundo o MST, a fazenda é um complexo de mais de 21 mil hectares “autodeclarados improdutivos”. Esta é a segunda vez que as famílias ocupam a área, alegando que o governo federal não cumpriu diversos acordos realizados durante a reintegração de posse ocorrida no dia 4 de março deste ano.
• Reforma agrária às avessas beneficia Kátia Abreu
• TO: Justiça investiga novas irregularidades em Campos Lindos
“Um deles é o assentamento de cerca de 1100 famílias até 60 dias depois do despejo. Outro é a realização de estudo sobre a legalidade da posse do Senador Eunício Oliveira sobre as 21 mil hectares do complexo, já que há grande volume de informações na região sobre a grilagem da área”, diz o MST em nota.
De acordo com relatos dos acampados, após a saída deles da área foi identificado um abandono da fazenda e de ações que comprovam o desmatamento ilegal dentro da área.
Em agosto de do ano passado, 3 mil famílias Sem Terra ocuparam a área. Na época, o MST denunciou a “relação do senador, então candidato à governo do estado do Ceará, com a expulsão de famílias camponesas da região, com o intuito de promover a especulação fundiária. Além das vastas extensões de terra improdutiva”, diz a entidade em nota.