O Departamento de Economia Rural (Deral), ligado à secretaria de agricultura do Paraná, estima que a safra do estado poderá chegar a 20,3 milhões de toneladas, 3,3% acima do estimado em janeiro, por exemplo. Esse acréscimo deve vir principalmente da previsão de crescimento da produção, acima dos 10%, em três núcleos regionais do estado. Confira quem deve produzir mais, menos entre outras curiosidades.
A colheita da soja começou no Paraná e está mais rápida que no ano passado. Segundo o Deral, até 20 de fevereiro, 22% da área de 5,4 milhões de hectares foi retirado do campo, abaixo dos 42% da mesma época do ano passado. O avanço também é mais rápido quando comparado aos 10% colhidos de 21 de janeiro.
Esse avanço na colheita trouxe a constatação de produtividades e o Deral reviu suas perspectivas de produção. De maneira geral, a perspectiva para a safra paranaense cresceu 650 mil toneladas (de 19,711 de janeiro, para 20,361 milhões de toneladas em fevereiro.
“Por enquanto não temos relatos de grandes perdas no estado. Por enquanto só a perspectiva que o oeste e sudoeste venham com uma super safra este ano, muito melhor que o estimado inicialmente.”, diz o engenheiro agrônomo do Deral.
O que chamou a atenção neste período foi a elevação de produção de alguns núcleos regionais, que em um mês tiveram suas perspectivas aumentadas em mais de 10%. Casos de:
- Cascavel que tinha como previsão, até janeiro, de produzir 1,85 milhão de toneladas e agora deve chegar a 2,05 milhões de toneladas, alta de 10,96%;
- Francisco Beltrão que tinha como previsão, até janeiro, de produzir 958 mil toneladas e agora deve chegar a 1,05 milhão de toneladas, alta de 10,38%;
- Pato Branco que tinha como previsão, até janeiro, de produzir 1,16 milhão de toneladas e agora deve chegar a 1,28 milhão de toneladas, alta de 10,63%.
30% dos municípios terá redução de produção
Dos 20 núcleos regionais acompanhados pelo Deral, 6 deles devem registrar pequenas reduções em relação a perspectiva de janeiro: Ponta Grossa (-0,37%), Umuarama (-0,34%), Irati (-0,28%), Jacarezinho (-0,15%), Londrina (-0,13%). Para fechar a lista vem Paranavaí, com a queda mais aguda, de 1,18%, mas pouco representativa em relação a quantidade total de produção, já que agora deve produzir 194 mil toneladas, contra as 197 mil de janeiro.
“Dificilmente teremos algum problema sério de produtividade. Podemos ter eventualmente algum problema de qualidade, mas nada grave”, diz Godinho.
Região sudoeste é a mais produtiva
A região sudoeste do estado, que engloba Pato Branco e Francisco Beltrão, será a que mais terá crescimento na produção, passando de 2,13 milhões de toneladas de janeiro, para pouco mais de 2,34 milhões de toneladas em fevereiro, alta de 10,52%.
A região Noroeste, que engloba Umuarama, teve falta de chuvas na fase de desenvolvimento das plantas será a única a apresentar queda na produção, passando de 827 mil toneladas de janeiro, para pouco menos de 823 mil toneladas em fevereiro, queda de 0,54%.