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Três safras por ano: entenda o caso Paraná

A prática é uma excelente alternativa no estado, porém a fertilidade do solo pode ser comprometida

Artigo: Áureo Lantmann, consultor técnico do Soja Brasil
Durante a expedição do Projeto Soja Brasil pelo estado do Paraná, mais precisamente nas regiões de Peabiru e Palotina, sudoeste, encontramos vários agricultores que tem realizado três safras por ano, sem irrigação, com a sucessão soja, milho safrinha e trigo.

Sob o ponto de vista econômico, não deixa de ser uma forma de maximizar o potencial da terra, com perceptivas de melhores rendimentos, pois, uma grande parte dos solos dessa região é argilosa e de alta fertilidade natural, necessitando de quantidades medias de fertilizantes para manter a boa fertilidade.

Porém nessa sucessão, temos alguns pontos que exigem atenção e cuidados, como por exemplo, o estabelecimento de uma “ponte verde” durante todo o ano, que favorece as pragas, doenças e plantas daninhas. As praticas de controle para esses três fatores exigem um espaço de tempo, para adequar doses, épocas e princípios ativos.

Um fator muito importante a ser considerado nessa sucessão é a necessidades de adubação de cada uma das culturas. A análise de solo é o primeiro passo para definir corretamente a quantidade de fertilizantes que serão usados. Porém, quando se tem mais informações do sistema de sucessão que se esta usando, tais como, os rendimentos obtidos de cada cultura ou o que cada uma das culturas extrai, as adubações ficam mais precisas.

As tabelas abaixo (1,2 e 3), mostram as quantidades de macronutrientes: extraídos (grãos), que ficam sobre os solos (palha) e total absorvido. Essas informações são importantes no momento de definir as adubações. Além das quantidades extraídas deve-se considerar o que fica de nutrientes via orgânica nos restos vegetais, essas quantidades também contribuem para aumentar a oferta de nutrientes nos solos.

Tabela 1
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Tabela 2

Tabela 3

 

A palha da soja contribui com uma significativa quantidade de nitrogênio, que deve ser considerada quando na sucessão vem uma gramínea, por exemplo. Assim como as quantidades de potássio (K), deixadas, pelos restos culturais do trigo e milho, são significativas e contribuem para o aumento do K nos solos que normalmente serão absorvidas.

As quantidades de cálcio, magnésio e enxofre, são extraídas, em pequenas quantidades e quando necessários são repostas, via calagem e ou gesso, em função de resultados de analises de solo.

Essa sucessão na região sudoeste do Paraná, em anos de boas safras rende 4,2 toneladas por hectare de soja, 3,1 toneladas por hectare de trigo e 9 toneladas de milho. Esses bons rendimentos elevam a exportação de nutrientes, fato relevante, quanto da definição das quantidades de fertilizantes a serem adicionados ao solo. (veja na tabela abaixo 4).

Quando os teores dos nutrientes Fósforo (P) e K muito importantes na nutrição das culturas da sucessão, soja, milho e trigo, estão altos nos solos argilosos da região sudoeste do Paraná, permitem apenas adubação de manutenção e é outra referencia para definir com precisão as adubações.

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