O país ainda possui cerca de 2,7 milhões de toneladas de trigo remanescentes da safra 2010/2011, estimou o analista da corretora Cortina Beruatto, José Frogone, em um relatório. A Argentina é um dos maiores exportadores do cereal no mundo, com a maior parte dos embarques destinados ao Brasil.
Nos nove primeiros meses deste ano, a Argentina exportou 6,4 milhões de toneladas de trigo, sendo 3,4 milhões de toneladas para o Brasil, 470 mil toneladas para o Egito, 270 mil toneladas para o Marrocos, 209 mil toneladas para a Argélia e 135 mil toneladas a Colômbia, de acordo com o Serviço Nacional de Sanidade e Qualidade Agroalimentícia (Senasa).
Ofertas baratas da Argentina sinalizam que as nações importadoras de trigo, como a Argélia, que tradicionalmente compram da França, agora avaliam alternativas mais baratas. “Há ainda rumores de que a Argélia pode mudar para as ofertas argentinas, ignorando seu tradicional fornecedor, a França”, revelou a FCStone em um relatório.
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O Egito, principal importador do cereal do mundo, comprou em um leilão na semana passada um total de 120 mil toneladas da Ucrânia, para embarque entre 11 e 12 de janeiro. Depois do ucraniano, o trigo argentino é o que tem o preço mais competitivo.
A safra da Argentina em 2011/2012 está se desenvolvendo bem e deve totalizar ao menos 12,6 milhões de toneladas, segundo a Bolsa de Buenos Aires. A colheita do cereal em 2010/2011 somou 15 milhões de toneladas, de acordo com o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).
