Os contratos do trigo operam com preços significativamente mais baixos nas negociações da sessão eletrônica da Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT). O mercado é pressionado pela alta expressiva do dólar em relação a outras moedas, atingindo seu maior patamar em quatro meses, reflexo do resultado das eleições presidenciais dos Estados Unidos.
A moeda norte-americana dispara, impulsionada pelo nacionalismo econômico promovido pelo novo presidente. Com o fortalecimento do dólar, os grãos dos EUA perdem competitividade no mercado internacional, e as tarifas propostas pelo republicano Donald Trump podem impactar o comércio agrícola do país.
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Analistas internacionais acreditam que o impacto sobre o grão dos EUA devido as eleições pode ser temporário, especialmente com o trigo ainda relativamente barato.
Os contratos com vencimento em dezembro operam cotados a US$ 5,65 1/4 por bushel, baixa de 7,25 centavos de dólar, ou 1,26%, em relação ao fechamento anterior.
Ontem (05), o trigo encerrou com preços mais altos. O mercado foi sustentado pelas condições das lavouras nos Estados Unidos, que, embora tenham melhorado em relação à semana passada, ainda apresentam o segundo pior desempenho desde o início dos registros, em 1986.
Um movimento de recuperação técnica sobre as perdas acumuladas, aliado ao bom desempenho do petróleo em Nova York e à desvalorização do dólar frente a outras moedas, também contribui para o avanço dos preços.
No fechamento, os contratos com entrega em dezembro de 2024 eram cotados a US$ 5,72 1/2 por bushel, alta de 3,75 centavos de dólar, ou 0,65% em relação ao fechamento anterior. Os contratos com entrega em março de 2025 eram negociados a US$ 5,91 por bushel, ganho de 3,50 centavos, ou 0,59% em relação ao fechamento anterior.