As exportações de trigo do Brasil começaram o ano em alta, atingindo um recorde no mês de janeiro. A baixa qualidade do trigo produzido no país impulsionou o aumento nas exportações, enquanto as importações registraram o menor patamar para janeiro em sete anos.
Cerca de 90% da produção de trigo no Brasil, bem como as exportações e importações, estão concentrados na região Sul do país, liderada pelos estados do Paraná e Rio Grande do Sul. O Brasil, tradicionalmente um importador de trigo, enfrenta desafios de autossuficiência devido ao consumo crescente, que ultrapassa a produção interna.
Nos últimos anos, houve uma mudança na dinâmica do mercado, com redução nas importações e aumento nas exportações. Em janeiro de 2024, o país exportou 810 mil toneladas de trigo, marcando um crescimento de mais de 60% em relação ao mesmo período do ano anterior. As importações, por sua vez, mantiveram-se estáveis em 520 mil toneladas.
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A qualidade inferior do trigo brasileiro, mais adequado para uso como ração animal, explica o aumento nas exportações. Apesar desse sucesso nas exportações, a notícia não é tão positiva para o mercado interno, onde a baixa qualidade do trigo pode afetar a rentabilidade da indústria e dos produtores.
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O setor agroexportador brasileiro iniciou 2024 aquecido, não apenas com o trigo, mas também com outros produtos agrícolas, como a soja, que registrou um aumento significativo nas exportações em comparação com janeiro do ano anterior. No entanto, a receita cambial mostra uma queda em relação a janeiro de 2023, destacando um desafio adicional para a rentabilidade do setor agrícola no país.
