A variedade é uma cultura muito antiga que veio da Europa e que era bastante utilizada no Brasil até ser substituída pela soja. Apesar do nome, a espécie não tem parentesco com o trigo tradicional. Rico em proteína, o mourisco pode ser usado na alimentação humana e de animais, além de ser uma boa opção para a cobertura de solo durante a rotação de culturas. O grão rende até dois mil quilos por hectare e cobre bem os custos de produção. Com um investimento de R$ 150,00, o retorno pode chegar a R$ 500,00.
Conforme o técnico agrícola Volmir Antônio Fávaro, até o momento, não foram identificadas nem praga nem doença que ataquem a variedade de forma severa. O especialista também salienta a rentabilidade da planta, já que o gasto com o trigo mourisco em solos bem preparados é praticamente a semente, o plantio e colheita.
Atentos ao mercado externo, os produtores estão voltando a investir na opção. A quantidade de benefícios encontrada no grão chamou a atenção do Japão, que é atualmente o maior comprador do produto.
– Quando souberam que tinha trigo mourisco no Brasil, os japoneses vieram aqui e, hoje, se exporta muito trigo mourisco para o país – destaca.
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O produto é largamente utilizado pela culinária oriental. Conforme a nutricionista Cristiane Coronel Gonçalves, o yakisoba é uma massa puramente de trigo sarraceno.
Além da lucratividade, os benefícios à saúde também caracterizam o produto. O grão não conter glúten e, portanto, serve de alternativa a pessoas alérgicas à substância.
– Ele é rico em rutina, um dos flavonóides que a gente chama de anticancerígeno, e também possui magnésio, que melhora o fluxo sanguíneo pelo corpo, beneficiando pessoas hipertensas. Além disso, este tipo de trigo apresenta um baixo índice glicêmico, o que favorece quem p diabético – complementa a nutricionista.
