CHICAGO

Trigo: oferta russa mais barata ofusca desempenho do grão norte-americano

Preocupações com abastecimento na Ucrânia também criam pressão sobre as cotações do cereal

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Foto: Daniel Popov

Os contratos do trigo operam com preços mais baixos nas negociações da sessão eletrônica da Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) na manhã desta terça-feira (19). 

O mercado estende o tom negativo da segunda-feira (18), com a baixa competitividade do grão norte-americano em relação à ampla oferta russa mais barata. Os contratos ainda são influenciados negativamente por menores preocupações com o abastecimento da Ucrânia após navios atracarem no Mar Negro neste fim de semana.

O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) divulgou relatório sobre a evolução da colheita das lavouras de trigo na primavera. Até domingo (17), a colheita estava em 93%. Na semana passada, eram 87%. Em igual período do ano passado, o número estava em 93% e a média dos últimos cinco anos é de 93%.

Já a evolução do plantio das lavouras de trigo de inverno, até 17 de setembro, a semeadura estava apontada em 15%. Na semana passada, eram 7%. Em igual período do ano passado, o número estava em 19% e a média dos últimos cinco anos é de 16%.

Os contratos com vencimento em dezembro de 2023 operam cotados a US$ 5,85 por bushel, baixa de 6,25 centavos de dólar por bushel ou 1,05% em relação ao fechamento anterior.

Ontem, o trigo encerrou com preços acentuadamente mais baixos. O mercado foi pressionado pela continuidade do escoamento das safras da região do Mar Negro e pela fraca demanda pelo produto dos Estados Unidos.

Os contratos acentuaram as quedas observadas desde o início da manhã à medida que os navios atracam nos portos do Mar Negro, na Ucrânia, e devido ao término da proibição de exportação de grãos do país pela União Europeia. O cereal russo mais barato também compromete a demanda pelo estadunidense.

No fechamento, os contratos com entrega em dezembro de 2023 eram cotados a US$ 5,91 por bushel, baixa de 13,00 centavos de dólar, ou 2,15%, em relação ao fechamento anterior. Os contratos com entrega em março de 2024 eram negociados a US$ 6,16 3/4, recuo de 12,75 centavos, ou 2,02%, em relação ao fechamento anterior.

*Sob supervisão de Henrique Almeida

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