Agricultores de Mato Grosso do Sul investem em agricultura de precisão no plantio da soja

Tecnologia garante menor desperdício de insumos e traz economia para a lavouraNum momento de custos elevados e rentabilidade ameaçada diante da crise econômica internacional, agricultores de uma das principais regiões produtoras de soja de Mato Grosso do Sul estão investindo mais na agricultura de precisão. O sistema, que adota a tecnologia para monitorar a lavoura, é considerado uma boa alternativa para tentar reduzir os custos de produção sem comprometer a produtividade.

O produtor Juliano Beukhof começou a investir na agricultura de precisão em fevereiro, durante a colheita da soja. Na época o agricultor monitorou a produtividade da lavoura e identificou as áreas mais e menos produtivas. As informações foram usadas no plantio desta safra e o produtor evitou o desperdício de adubo, aplicando a quantidade correta.

? A agricultura de precisão é a ferramenta ideal para tentar reduzir os custos sem prejudicar a produtividade da plantação, já que com ela é possível corrigir os erros de cada talhão, garantindo o aumento de produtividade ? diz Beukhof.

Assim como Juliano, outros produtores de Maracajú (MS) também aderiram à agricultura de precisão. A estimativa nesta safra é de que pelo menos um terço da área de soja do município, que é o maior produtor do grão em Mato Grosso do Sul, seja cultivado com o uso desta tecnologia.

? São quase 65 mil hectares plantados com agricultura de precisão. Com o monitoramento é possível corrigir o solo sem desperdício, aplicar calcário, fósforo e potássio na quantidade certa em cada local, permitindo ampliar a produtividade e reduzir os custos de produção ? explica o engenheiro agrônomo Gladson Michitch de Souza.

Apesar deste avanço, representantes do setor afirmam que o número de produtores que investem na agricultura de precisão poderia ser bem maior. É que mesmo diante das vantagens, alguns entraves ainda atrapalham a expansão do sistema.
 
? Esse desenvolvimento ainda esbarra na falta de mão-de-obra especializada e também na falta de conhecimento de alguns produtores, que mesmo percebendo as vantagens da agricultura de precisão, ainda oferecem resistência ao sistema ? lamenta Michitch.