? Trata-se de uma planta parasita muito agressiva e de difícil controle, capaz de causar grandes prejuízos à agricultura. A praga ainda não existe no Brasil, mas já foi detectada no Chile, Estados Unidos, México e Cuba ? explica o diretor de Sanidade Vegetal do Ministério da Agricultura, Odilson Ribeiro.
As espécies de orobanche se instalam na raiz da planta hospedeira e retiram os nutrientes necessários à sua sobrevivência, desenvolvimento e reprodução. A praga não tem folhas, nem clorofila e pode apresentar a coloração das hastes entre pálido-amarelada a avermelhada.
? A orobanche se desenvolve rapidamente por não precisar da fotossíntese e é facilmente confundida com plantas ornamentais, porque gerar flores de tons lilás, rosa, branco ou amarelo. Além disso, suas sementes podem ficar até 10 anos no solo dificultando sua detecção e combate ? completa Ribeiro.
Os hospedeiros da orobanche são, em muitos casos, plantas de importância econômica. Entre elas estão abóbora, melão, melancia e pepino, batata, berinjela, pimentão, tabaco, tomate, alfafa, amendoim, ervilha, fava, grão-de-bico e trevos. A praga também atinge alface, cebola, cenoura e couve.
A propagação da orobanche é, exclusivamente, pelas sementes, que podem ser disseminadas pelo vento, pela água, nas movimentações de animais, pessoas, implementos agrícolas e solo. Também há disseminação da praga se suas sementes forem misturadas àquelas de espécies hospedeiras. Por isso, o trânsito de sementes e plantas devem sempre ocorrer com certificação fitossanitária do país de origem.
Em caso de suspeita de ocorrência de Orobanche, o agricultor deve comunicar imediatamente ao órgão de Defesa Agropecuária de seu Estado ou ao Departamento de Sanidade Vegetal do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (DSV/Mapa) pelos telefones (61) 3218 2675, 0800 704 1995 ou pelo e-mail dsv@agricultura.gov.br.